A crítica agora é sobre o filme de número 97 do Ranking dos 100 Melhores filmes Nacionais, “O Signo do Caos”.
Dirigido por Rogério Sganzerla, que tem mais três filmes na lista dos 100 melhores, “O Signo do Caos” é realmente caótico, mas isso tem um motivo.
Durante o filme acompanhamos um sensor do governo, Dr. Amnésio, vivido por Otávio Terceiro, analisando e recortando um filme estrangeiro de Orson Welles.
E ao mesmo tempo que Amnésio vai apagando ou re-editando em tempo real o filme que está sendo exibido, o filme “O Signo do Caos” também vai sendo recortado e editado em tempo real.
Vemos aqui uma série de experimentos. A começar pelos filmes, inicialmente preto e brancos e depois coloridos, passando pelo som, composto em momentos por músicas e outras vezes pelo silêncio e até mesmo dublagens fora de sincronias. Várias imagens são reutilizadas, mas com contextos diferentes.
E assim como em “Meteorango Kid, Herói Intergaláctico”, já comentado aqui no site, “O Signo do Caos” é uma crítica ao cinema e a forma que se fazia cinema na época. Apesar disso os filmes são totalmente diferentes. “Meteorango” usa um formato como se fosse um documentário, quase amador. Já aqui em “O Signo do Caos” o formato é quase um filme policial antigo.
E é interessante ver essa colcha de retalhos que foi “O Signo do Caos”.
Estranho, com certeza, mas interessante. É outro filme que com certeza minha crítica não vai nem esboçar o que é essa obra caótica. Não é todo dia que podemos assistir a um antifilme (sim, esse longa já inicia se rotulando assim).