Primeiras Impressões de Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1
Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1 (2023)
O terceiro filme Missão: Impossível dirigido por Christopher McQuarrie, Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1, é sem dúvidas o mais exagerado de todos os sete filmes.
Missão: Impossível nunca foi uma franquia comedida. Sempre teve suas doses de exagero, mas dessa vez foi um pouco demais, principalmente no terço final, na sequência do trem.
O que vemos ali é algo descabido até para a franquia. Algo que, juntamente com a coreografia de uma luta em uma ponte e o final da sequência do deserto me incomodou demais.
Mas mesmo com essas sequências incômodas posso afirmar que Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1 é uma boa adição à franquia.
O que vemos em boa parte é um show, principalmente por parte de Tom Cruise.
Cruise retorna como Ethan Hunt, o agente da IMF e está cada vez melhor. As cenas em que ele se arrisca, como perseguições de carro e a famigerada cena da moto na montanha são espetaculares. Sem dúvidas, as melhores já vistas nos sete filmes.
Espetacular aqui também está o elenco de apoio, como Rebecca Ferguson (Ilsa) , Ving Rhames (Luther), Simon Pegg (Benji) e Vanessa Kirby (Alanna).
Isso sem contar nos novos rostos que também estão bem, como Hayley Atwell, Pom Klementieff e Esai Morales.
Hayley vive um novo par romântico de Cruise, enquanto Klementieff e Morales vivem os vilões.
Mas o vilão principal do filme não é vivido por Klementieff e Morales. Esse vilão , que não é mostrado nos trailers, é conhecido apenas como A Entidade e é atualíssimo e preciso.
Sem dúvidas os levantamentos em relação a esse vilão serão assuntos a serem discutidos num futuro, ou melhor, provavelmente já são discutidos.
Como disse acima, o filme foi uma boa aquisição para a franquia. Tinha tudo, inclusive para ser o melhor dos sete longas.
O grande problema foi realmente o exagero do filme sete e por causa disso, para mim o anterior, Missão: Impossível – Efeito Fallout, é o melhor de todos da franquia.
Mesmo não sendo o melhor, vale demais assistir à Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1. Agora é aguardar Junho de 2024 para a parte dois.
Nota: 7/10
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Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1
(Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One )
Diretor: Christopher McQuarrie
Produção: Tom Cruise, Christopher McQuarrie, David Ellison
Elenco: Tom Cruise, Hayley Atwell, Vanessa Kirby, Pom Klementieff, Simon Pegg, Esai Morales, Ving Rhames, Rebecca Ferguson, entre outros
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Indiana Jones e A Relíquia do Destino (2023)
Indiana Jones e A Relíquia do Destino pode ser marcado por uma palavra a respeito. Respeito da Disney com a Franquia Indiana Jones, respeito com o espectador respeito com o Harrison Ford.
Primeiro com a franquia, eu nunca vi a Disney respeitando tanto um personagem . Ao contrário do que foi o filme anterior do Caveira de Cristal aqui em momento algum tentaram passar o manto do indiana para outro. Com isso, já mostra o respeito com o espectador e cresceu acompanhando o herói. E também o respeito com o Harrison Ford, pois trás uma ação compatível com a idade dele, 81 anos.
Sim, a ação aqui do filme não é aquela dos filmes anteriores mas sim uma ação mais contida, para um senhor de idade. Mas nem por isso a ação é ruim. É lenta mas não ruim.
Em compensação os efeitos desse filme beiram a ruindade, principalmente os efeitos do rejuvenescimento de Ford .
O que foi mostrado nos trailers foi repetido em maior escala no filme e em alguns momentos claramente podemos perceber dublês com máscaras digitais/ plástico barato. Mas isso não prejudicou tanta experiência do filme. Mas não prejudicou por um motivo: nostalgia.
Eu cresci vendo Indiana Jones e poder ter mais uma oportunidade de assistir ao filme numa tela grande cinema favorece toda experiência. Ver o Indiana jovem, como na primeira trilogia, mesmo beirando a estranheza, foi divertido demais. Era como se eu estivesse assistindo cenas deletadas de Os Caçadores da Arca Perdida ou de Indiana Jones e o Templo da Perdição. Mas em outros momentos parecia que eu estava vendo Indiana Jones para videogame.
Há 10 anos quando lançou o Reino da Caveira de Cristal eu já estava feliz de poder ver o Indy nos cinemas. E apesar da qualidade do filme anterior sequência nave eu gostei do que assisti.
Aqui a qualidade é bem superior. A direção do James Mangold não é a mesma do Steven Spielberg. Mas ele não tentar emular o estilo do diretor dos filmes anteriores, que é um dos produtores do longa.
Mangold tem seu estilo próprio e assim como fez em lugar ele acerta em respeitar as características dos personagens do longa.
E não sou estilo do Indiana Jones mas o estilo de outros personagens, inclusive os coadjuvantes de longa data como o Sallah , vivido pelo John Rhys-Davies e a Marion, vivida pela Karen Allen.
Novos personagens também são compatíveis com a franquia, como a afilhada de Indiana, Helena Shaw vivida por Phoebe Waller-Bridge (da série Fleabag) ou até mesmo o vilão nazista Voller, vivido por Mads Mikkelsen (Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore).
Indiana Jones tem essência dos filmes anteriores, mesmo não sendo dirigido pelo Spielberg. O senso de aventura, mesmo que lento, está lá. A trilha sonora do John Williams está lá. E o principal, ele sabe que não vai ser tão bom quanto a trilogia original e respeito isso por isso Indiana Jones e A Relíquia do Destino é um bom filme e deve ser assistido.
Em resumo, saí da sessão de Indiana Jones e A Relíquia do Destino feliz e com uma sensação de conforto . Parte pelos méritos do filme, parte pela nostalgia e parte porque a Disney não arruinou a franquia.
Nota:7/10
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Indiana Jones e A Relíquia do Destino
(Indiana Jones and the Dial of Destiny)
Diretor: James Mangold
Roteiro: James Mangold, Jez Butterworth, David Koepp, John-Henry Butterworth
Elenco: Harrison Ford, Mads Mikkelsen, Phoebe Waller-Bridge, Antonio Banderas, entre outros
Primeiras Impressões de Indiana Jones e a Relíquia do Destino
Expectativa Indiana Jones e a Relíquia do Destino
E temos o novo Superman e a nova Lois Lane
The Flash (2023)
A minha expectativa para The Flash era baixa. A saturação do gênero de super heróis, com diversos filmes de qualidade duvidosa, contribuiu com isso.
Outra contribuição para a expectativa foi o histórico do protagonista Ezra Miller (Animais Fantásticos) no Havaí. Não estou aqui para julgar as atitudes, mas a cada noticia do ator, mais eu me distanciava do filme.
Até que a Warner publicou o primeiro trailer, com a presença de Michael Keaton retornando como Batman.
Keaton foi o primeiro Homem Morcego nos cinemas , nos longas de Batman 1989 e Batman: O Retorno de 1992, ambos dirigidos por Tim Burton e que foram os filmes de Super Herói da minha infância (junto do Superman vivido pelo lendário Christopher Reeve).
E o trailer dava a entender que veríamos o mesmo Batman de Tim Burton, só que mais maduro. E isso me deixou um pouco mais empolgado, mas não a ponto de aumentar as expectativas. Afinal não seria Burton o diretor desse filme e sim Andy Muschietti (It: A Coisa).
Muschietti tenta trazer um bom filme para os fãs da DC Comics, porém seu filme está no meio de um caminho. The Flash vem depois de conturbado período da DC, com altos (The Batman e Joker ) e baixos (Liga da Justiça e Adão Negro), não leva o universo DC para a frente pois não reinicia como os quadrinhos Flashpoint fizeram (ainda teremos Aquaman no fim do ano).
O longa não é um reboot do universo DC nos cinemas, pois sabemos que o reboot (e o futuro da DC) está nas mãos da dupla James Gunn e Peter Safran. Ou seja, está no meio de um caminho.
Então a escolha feita aqui de homenagear o pentão de heróis da DC funciona demais. É um presente. O problema é que esse presente está embrulhado num papel, que ouso dizer, está sujo de merda, que são os efeitos visuais do longa.
The Flash tem a coragem de apresentar ao público ótimas ideias, com efeitos especiais que são piores que o que vimos há 20 anos. A indústria evoluiu e os efeitos aqui são horrendos. O diretor ainda saiu em defesa, falando que essa seria a visão do Flash, etc. O problema é que no mesmo filme essa visão tem alguns pontos de melhora. Muschietti tenta defender o indefensável.
Apesar do que eu considero auto sabotagem da equipe dos efeitos, The Flash é um filme bom. Principalmente pela nostalgia.
Michael Keaton mostrou que ainda é Batman, um dos melhores. Outros atores viveram esse papel, mas Keaton é o Batman. O ator em diversas oportunidades antes de The Flash, seja em Talk Shows, ou em discursos em faculdades, falava que era o Batman. E realmente é o único que pode falar isso.
No filme tivemos outro Bruce Wayne/Batman, vivido novamente por Ben Affleck (Liga da Justiça) e Affleck tem a sua redenção como Batman. Parecia que nos filmes anteriores o ator estava com má vontade de atuar como Homem Morcego, mas aqui ele entrega um bom personagem.
A Supergirl vivida pela estreante em longas Sasha Calle foi bem no filme, mas mal aproveitada. Não só ela. Os kryptonianos em geral foram mal aproveitados, inclusive o general Zod, vivido novamente por Michael Shannon. Se em Superman de 2013 o ator se destaca, aqui não passa de um vilão secundário, o que é uma pena.
Como disse, The Flash tem uma boa intenção ao homenagear os personagens do passado, e essas homenagens funcionaram. Não vou falar delas aqui para não estragar a surpresa. A última inclusive, antes dos créditos, foi a pra mim a mais surpreendente. O único momento que realmente ri na sessão.
E olha que o roteiro de Christina Hodson (Aves de Rapina) teve piada. Mas para mim não funcionaram. Piadas a cada cinco minutos no roteiro, algumas sem sentido algum. Parece que esse é o novo padrão dos filmes de herói, e isso contribui com a saturação do gênero que falei no primeiro parágrafo.
Depois de The Flash quero um tempo de filmes baseados em quadrinhos. Foi uma boa experiência, mas poderia ser muito melhor.
Nota: 2,5/5
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The Flash
Direção: Andy Muschietti
Roteirista: Christina Hodson
Elenco: Ezra Miller, Michael Keaton, Ben Affleck, Sasha Calle, Michael Shannon, entre outros
Duração: 2h 24m