Titãs – A vida até parece uma festa (Mostra Tiradentes 2009)

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Finalmente um filme foda aqui em Tiradentes. Tem dois anos que eu participo da Mostra e nunca tinha assistido a um filme digno de 5 estrelas aqui em Tiradentes. Mas hoje sim, temos um filme 5 estrelas. E é um filme “musical”.

Titãs – A Vida até Parece uma Festa é um filme sensacional. Primeiro gostaria de dar os parabéns aos organizadores. Colocar o filme em um local aberto foi a melhor escolha. O filme merecia isso.

E era uma sessão incomum, primeiro pelo pouco tempo de atraso (foram menos de 10 minutos). Incomum também pois o Cine Praça estava lotado.

E começou o show, quer dizer, o filme. O filme começa com a origem da banda, já resgatando imagens antigas, da TV Tupi, por exemplo.

E essas imagens antigas, de arquivo que fazem o filme. Poucas são as imagens gravadas. A cada cena a banda mostra que merece o sucesso que tem.

As histórias da banda são intercaladas pelas músicas. E a cada musica mais pessoas começam cantarolar.

Eu comecei a cantar na terceira musica mais ou menos. Todo mundo canta. Não tem como não cantar. Até quem não sabia as canções pelo menos dançava.

Músicas como Pra dizer adeus, É preciso saber viver e principalmente Epitáfio fizeram os espectadores cantarem. Foi um momento único ver mais de 700 pessoas cantarem juntos, olhando para uma tela gigante. Parecia um show, só que era melhor, era cinema. E o que há de melhor no cinema, ótimos cortes, boa direção, boas histórias.

Foi diferente assistir ao filme, muita animação, mas nos momentos dramáticos quase não se ouvia nada.

E toda hora ouvia-se comentários do tipo “olha o cabelo do Nando Reis”, “olha o Chacrinha, o Roberto Carlos, o Silvio Santos, o Raul Gil, a Hebe Camargo”.

O filme do Titãs mostra isso, a vida deles publicamente, na TV e nos shows, mas mostra também a amizade entre eles.

E o filme é sobre isso, sobre a amizade. Vale a pena assistir Titãs – A vida até parece uma festa. Um filme cinco estrelas.

Se nada mais der certo (Mostra de Tiradentes 2009)

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Uma hora na fila, pra assistir ao filme. Mais uma hora de homenagem ao diretor e agradecimento aos  patrocinadores. Foi assim que começou o nosso Dia 01 na Mostra de Tiradentes. Detalhe: Estava marcado pro filme começar às 9, eu estava na fila desde 8 horas e a exibição começou pra valer às 22:30. Estava com medo do filme ser uma merda e não ter valido a pena.

O filme Se nada der certo é legal e só. Cauã Reymond está bem no papel de um jornalista (oi colega) sem perspectiva de dinheiro (oi colega de novo), João Miguel no papel de taxista maluco também está bem. Mas é Caroline Abras que chama a atenção no papel do Marcin. Uma mulher que vive como um homem, com direito a pelo em baixo do braço. É o Marcin que rouba (literalmente) a cena.

O filme do diretor ( e homenageado pela Mostra) José Eduardo Belmonte, conta a história de 3 amigos. Essa amizade dos três é meio que imposta ao espectador do filme, assim como algumas cenas. Tipo eu estava lá na minha cadeira e de repente milhões de informações simplesmente aparecem e não tem como digerir.

Esse é um ponto falho do filme, em minha opinião. Os cortes e a edição estão otimas, a trilha sonora também. O roteiro que é um pouco estranho, mas é um filme “assistivel”. Tem alguns momentos “cômicos”, mas o drama prevalece. Na hora da morte do Gaúcho. “um personagem que aparece do nada”, a cena é boa, tudo escuro e só temos a iluminação dos tiros. Muito bem feito. O Gaúcho só não é tão assim do nada porque em uma cena alguem fala que ele está namorando com um travesti, chamado Sibele, vivido pelo Milhem Cortaz.

Mas no final parece que o diretor queria fechar o filme logo, e deixou algumas pontas, que eu realmente não entendi, mas já era mais de meia noite e eu só queria vir para cá e postar isso aqui para você leitor e ir dormir.

Se nada mais der certo. Um filme +- .